Mal cheiro na vagina

Introdução

Sentir um odor diferente na região íntima pode gerar constrangimento e ansiedade em muitas mulheres. Mas o que poucas sabem é que o mal cheiro vaginal nem sempre está ligado à falta de higiene — e, em muitos casos, é um sinal de que algo no equilíbrio da flora vaginal está alterado. Neste artigo, o Dr. Rodrigo explica as possíveis causas do odor vaginal, quando se preocupar e o que não fazer diante desse sintoma tão comum, mas ainda cercado de tabus.

O que é considerado um cheiro normal da vagina?

A vagina possui um cheiro característico, que varia de acordo com o ciclo menstrual, alimentação, atividades físicas e até com o uso de anticoncepcionais. Ter um odor natural não é um problema.

Por outro lado, quando o cheiro se torna muito forte, desagradável ou diferente do habitual, principalmente se vier acompanhado de corrimento, coceira ou ardência, é hora de investigar.

Principais causas de mal cheiro vaginal

1. Vaginose bacteriana

É uma das causas mais comuns de odor vaginal forte, com cheiro descrito como “peixe podre”. Acontece por desequilíbrio das bactérias naturais da flora vaginal.

Sintomas comuns: corrimento acinzentado, odor intenso, especialmente após relações sexuais.

2. Tricomoníase

Infecção sexualmente transmissível causada por um protozoário.

Sintomas comuns: corrimento esverdeado, cheiro forte, dor ao urinar e durante o sexo.

3. Má higiene ou excesso de limpeza

Tanto a higiene inadequada quanto o excesso de duchas vaginais podem prejudicar a flora natural da vagina, abrindo espaço para infecções. Sabonetes íntimos usados em excesso também alteram o pH vaginal.

4. Retenção de absorvente interno ou camisinha

Esquecer objetos no canal vaginal (como absorventes internos) pode gerar forte odor em poucos dias e deve ser tratado com urgência.

O que NÃO fazer ao notar mau cheiro vaginal

  • ❌ Usar duchas vaginais sem orientação médica
  • ❌ Aplicar cremes vaginais por conta própria
  • ❌ Utilizar produtos caseiros (vinagre, bicarbonato, etc.)
  • ❌ Ignorar o sintoma esperando “passar sozinho”

Essas práticas podem agravar o quadro, causar infecções mais sérias e atrasar o diagnóstico correto.


Quando procurar um ginecologista?

Sempre que o cheiro vaginal estiver diferente do habitual, especialmente se acompanhado de:

  • Corrimento com cor ou aspecto alterado
  • Coceira, ardência ou dor
  • Odor que persiste por mais de 2-3 dias
  • Desconforto nas relações sexuais

O ginecologista é o profissional ideal para avaliar, fazer exames se necessário e indicar o tratamento mais seguro e eficaz.

Conclusão: falar sobre saúde íntima é um ato de autocuidado

O mal cheiro na região íntima não é motivo de vergonha — é um sinal do seu corpo de que algo pode estar em desequilíbrio. Buscar ajuda médica é o primeiro passo para recuperar a saúde, o conforto e a autoestima.

A saúde ginecológica vai muito além da ausência de doenças: ela envolve bem-estar, liberdade e conhecimento sobre o próprio corpo.

Se você está passando por isso ou deseja conversar sobre saúde íntima com acolhimento e privacidade, agende uma consulta com o Dr. Rodrigo. Cuidar de si mesma começa com informação e escolha de bons profissionais.

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